Letalidade é a maior desde 2019, chegando a 0,45% das notificações; entre 2021 e 2023, o país não registrou nenhum óbito pela doença

Em 2024, o número de casos de coqueluche aumentou mais de 1.000% em comparação com o ano anterior, atingindo o maior patamar desde 2015. Os estados de Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal concentram a maior parte dos registros, enquanto outras regiões do país, como no Nordeste, não registraram nenhum caso.
A coqueluche, doença respiratória altamente contagiosa, está apresentando um crescimento exponencial no número de casos no Brasil em 2024. Ela já foi considerada controlada no Brasil, mas voltou a preocupar a saúde pública.
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde revelam que, em dez meses de 2024, já houve aumento de mais de 1.000% em relação aos 12 meses de 2023, com mais de 2.400 casos confirmados até o momento.
Sintomas
Os sintomas do coqueluche costumam se desenvolver em três etapas:
- Etapa catarral: Dura de uma a duas semanas e se assemelha a um resfriado comum, com sintomas como congestão nasal, espirros e febre leve.
- Etapa paroxística: Pode durar de várias semanas a meses e se caracteriza por ataques de tosse violenta, que muitas vezes terminam em um som agudo ao inalar (o “whoop”). Durante esses episódios, o paciente pode ter dificuldade para respirar e vomitar.
- Etapa de convalescença: Os sintomas começam a melhorar, mas a tosse pode persistir por várias semanas.
Prevenção
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir o coqueluche. Recomenda-se uma série de vacinas para crianças, bem como doses de reforço para adolescentes e adultos. A vacina DTPa (difteria, tétano e coqueluche acelular) é a mais utilizada.
Tratamento
O tratamento inclui antibióticos, que são mais eficazes se administrados nas primeiras etapas da doença. Também podem ser recomendadas medidas de suporte para aliviar a tosse e melhorar a respiração.
Se você suspeita que você ou alguém mais pode ter coqueluche, é importante buscar atendimento médico, especialmente no caso de bebês ou pessoas com problemas respiratórios anteriores.